quinta-feira, 25 de maio de 2017

Richa e a Odebrecht

Richa quer terminar com a Odebrecht de forma amigável

<<<Benedicto Júnior, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, citou em seu acordo de delação quatro repasses não declarados à Justiça Eleitoral para campanhas eleitorais do governador Beto Richa (PSDB). Segundo o colaborador, o codinome usado para se referir ao governador do Paraná foi “Piloto”, em três dos repasses. Em outros quatro repasses o apelido usado foi “Brigão”. – 
O governador Beto Richa confirmou nesta quarta-feira (24) a determinação do Estado de rescindir o contrato de Parceria Público-Privada (PPP) formalizado entre o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) e o consórcio que venceu a licitação para a modernização da rodovia PR-323, entre Maringá e Francisco Alves. Também  sem citar a empreiteira Odebrecht, o procurador-geral do Estado, Paulo Rosso explicou que trabalha para formalizar a rescisão do contrato com o consórcio, frisando que há possibilidade de isso ocorrer de forma amigável”.
Richa se reuniu com lideranças da região Noroeste no Palácio Iguaçu e explicou que o Estado cumpriu todas as etapas legais e administrativas da PPP, mas a empresa não viabilizou o projeto. Segundo Richa, muitos entraves precisam ser vencidos para encerrar o contrato. “Continuo afirmando que a 323 é prioridade absoluta do nosso governo”, disse. “Infelizmente, não se trata apenas da nossa vontade”.
Pena que Richa tenha desperdiçado a oportunidade para revelar  as razões de a Odebrechet ter deixado o consórcio que liderou  junto com  três empreiteiras paranaenses, entra as quais a Tucuman, do financista José Maria Muller, atu ante nas campanhas do tucano. E quanto o Estado terá de  pagar para encerrar o imbróglio, que  trouxe prejuízos enormes para o Paraná, de “forma amigável”.
Segundo ex-executivos da Odebrechet, Beto Richa – o “Piloto” – recebeu mais de R$ 4 milhões através de caixa dois, por conta da duplicação da PR 323 e da cobrança de pedágio por 30 anos.
Em um dos trechos, ele diz que, em 2014, um executivo da Odebrecht no Paraná foi procurado pelo comitê de reeleição de Richa, pedindo a doação. No vídeo do depoimento, o ex-executivo detalha os pagamentos.
“Esses pagamentos foram encaixados, foram planejados e executados dentro do nosso sistema “Drousys”, estruturado pelo setor de operações estruturais da Odebrecht. A gente adotou um codinome “piloto” para esse pagamento, como uma menção ao doutor Beto Richa. E os pagamentos foram executados nas datas 09/09/14, R$ 500 mil, 18/09/14 R$ 1 milhão e 25/09/14 R$ 1 milhão”.

Leia na íntegra: Richa e a Odebrecht por Cícero Cattani

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