quarta-feira, 26 de abril de 2017

Municipais de Colombo (Paraná) cruzam os braços dia 28/04 - confira outras categorias que param

Professores municipais de colombo-paraná confirmam:
Dia 28/04 cruzam braços

DIA 28/04 TEM GREVE GERAL

PARTICIPE PARA EVITAR O MAL
O mal de perder a APOSENTADORIA ESPECIAL;
O mal do congelamento salarial; progressões…
O mal do fim do Plano de Carreira…
Após um intenso e profundo debate sobre a conjuntura nacional, subsidiado pelo material enviado pela CNTE -Confederação Nacional dos Trabalhadores (as) em Educação, a Categoria aprovou participar da GREVE NACIONAL, dia 28/04, sexta-feira, para barrar a PEC 287, que quer retirar nosso direito de se APOSENTAR, o direito à APOSENTADORIA ESPECIAL, bem como a luta contra a REFORMA TRABALHISTA e a TERCEIRIZAÇÃO… Sobre a pauta local, ficou decidido participação da CATEGORIA, no dia 29/04 no Bosque da Uva, vestidos com a camiseta preta, num protesto silencioso contra o DECRETO 007/2017, contra o congelamento do pagamento das PROGRESSÕES, AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO, ADICIONAL DE MÉRITO

Participe e ajude a divulgar! A LUTA é de TODOS NÓS…
APMC SINDICATO, com o por VOCÊ, lutando:
POR NENHUM DIREITO A MENOS!  


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CONFIRA OUTRAS CATEGORIAS QUE DECIDIRAM OPTAR PELA GREVE GERAL:
Confira as categorias que vão parar na Greve Geral do dia 28 de Abril no Paraná:
(Em 26/04/2017 – 12:35)
1- Asseio Cavo – Trabalhadores da Coleta de Lixo
2- APP Sindicato – Educadores do Estado
3- Repar – Trabalhadores da Refinaria Petrobrás
4- Metalúrgicos Região Metropolitana e de Curitiba
5- Motoristas cobradores
6- Bancários
7- Vigilantes
8- Trabalhadores dos Postos combustíveis do centro Curitiba
9- Marmoreiros
10- Servidores Campo Largo
11- Professores Campo Largo
12-Sismmac – Professores municipais Curitiba
13- Sismuc – Servidores de Ctba
14- Metalúrgicos Fiat
15- Saneamento (Gerti)
16- Alimentação – Ponta Grossa
17- Metalúrgicos – Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Cascavel, Guarapuava, Irati, Pato Branco
18- SINDITEST – Técnicos Universidades Federais
19- ApufPr – Professores da Ufpr
20- Hospital de Clínicas (Sinditest / Andes)
21- Sindsaude – Trabalhadores Saúde Estadual
22-Servidores municipais de Araucária
23- Sismmar – Professores Araucária
24- Sinsep – Servidores Municipais São José dos Pinhais
25- Correios
26- Sindimoc – Trabalhadores do Transporte de Ctba
27- Sindiprol – UEL Londrina
28- Sinteemar – UEM Maringá
29- Assuel – UEL Londrina
30- Sintespo – UEPG Ponta Grossa
31- Sinteoeste – UNIOESTE Cascavel
32- UNESPAR – Universidade Estadual do Paraná
33 – SISMUP – Servidores Municipais de Pitanga
34 – STTR Pitanga – Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais de Pitanga
35- UNINTER – Professores Setor Privado Pólo de DOIS VIZINHOS
36 – Sismmar – UEM Maringá
37 – SindiJus – Trabalhadores da Justiça PR
38 – Sintrodov – Sindicato dos motoristas Dois Vizinhos
39 – Síndicato dos trabalhadores Rurais de DOIS VIZINHOS
40 – Síndicato do professores municipais de DOIS VIZINHOS
41 – Síndicato do professores municipais VERÊ
42 – Síndicato dos professores municipais São Jorge do Oeste
43 – Sindicato dos trabalhadores rurais de Bituruna
44 – Síndicato dos técnicos da UTFPR Campus de Dois Vizinhos
45 – SINTEPFB Sindicato dos Trabalhadores em Educaçao Publica Municipal de Francisco Beltrão.
46 – Sintrafucarb
47 – Petroquímicos do Paraná
48 – Sindicato dos professores da rede particular do Paraná
49 – Senge – PR
50 – Sintrol (Transporte Público de Londrina)
51 – Sinpro (Escolas Particulares)
52 – Arquidiocese de Londrina (escritório e escritório de. paróquias)
53 – MST PR – Trabalhadores Rurais Sem Terra
54 – Sinclapol – Policiais Civis
55 – SIGMUC – Guardas Municipais de Curitiba
56 – Sindutf-PR (Professores UTFPR)
57 Trabalhadores da Embrapa
SUA CATEGORIA OU EMPRESA VAI PARAR AMANHÃ ?
Informe via e-mail que colocaremos na lista:

Semana terá Greve Geral e lembrança dos dois anos do massacre do Centro Cívico

CURITIBA E A POLITICA NEOLIBERAL TUCANA NO PARANÁ


Greve Geral na sexta-feira e os dois anos do massacre do Centro Cívico no sábado. São as principais agendas dos movimentos sociais para esta semana. A Greve Geral foi organizada pelas centrais sindicais, para resistir às reformas da Previdência e Trabalhista, propostas pelo governo Michel Temer (PMDB). Em Londrina existe um comitê organizando as ações do dia 28 de abril. Entre as categorias mobilizadas, algumas estão agendando assembleias para se manifestar. O Sindiprol/Aduel, que representa os professores da UEL tem assembleia marcada para amanhã, dia 25, na qual serão discutidas, além de pautas específicas da categoria, a participação na Greve Geral e manifestações para lembrar os dois anos do massacre do Centro Cívico.

Com relação ao massacre do Centro Cívico, o ataque da PM contra servidores que protestavam contra as mudanças na ParanáPrevidência, aprovadas pela Assembleia Legislativa em 29 de abril de 2015, dois anos depois, o Tribunal de Contas está apontando problemas na forma como a gestão Beto Richa (PSDB) está executando as mudanças aprovadas sob balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Segundo o Tribunal de Contas, o fundo de previdência do funcionalismo corre riscos, inclusive o dele se esgotar antes do tempo previsto. Isso significa que a bomba deve ficar para sucessores de Beto Richa, que terão que tirar dinheiro do tesouro estadual para pagar aposentadorias.


Leia na íntegra: Greve Geral em Curitiba

terça-feira, 25 de abril de 2017

Em seminário, PT apresenta soluções à retomada do crescimento

Promovido pela FPA e bancadas do PT na Câmara e no Senado, evento reuniu especialistas para propor alternativa à política recessiva do golpista Temer

Com o objetivo de apresentar propostas para o desenvolvimento, a soberania e a inclusão social no País, as bancadas do PT na Câmara e no Senado, em parceria com a Fundação Perseu Abramo (FPA), realizaram o seminário “Estratégias para a Economia Brasileira” na segunda-feira (24) em Brasília.
Na mesa de abertura, os líderes das bancadas na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), e no Senado, senadora Gleisi Hoffman (PR), destacaram que, além de propor uma alternativa econômica à política recessiva implementada pelo usurpador Michel Temer, o evento também visou propor soluções para a retomada do crescimento econômico com distribuição de renda.
Não podemos deixar prosperar a visão de que o ajuste fiscal resolve os problemas do País. Não achamos possível desenvolver um País com mais de 200 milhões de pessoas aceitando essa visão tacanha”, destacou Zarattini.
Já a líder Gleisi disse que após 13 anos de governo, o Partido dos Trabalhadores possui experiência para propor soluções ao Brasil.
Esse é o começo da nossa caminhada para construirmos uma estratégia de desenvolvimento inclusivo e soberano, a exemplo do que já ocorreu nos últimos 13 anos de governo de Lula e Dilma, e que mudou a vida dos brasileiros. Temos condições de avançarmos ainda mais”, ressaltou.

Instrumentos de desenvolvimento para a indústria brasileira

Na primeira mesa de debates, especialistas da área econômica discutiram os instrumentos de desenvolvimento para a indústria brasileira.
Para a professora do Instituto de Economia da Universidade Federal de Uberlândia, Vanessa Petrelli, a participação do Estado é fundamental para o setor.
Temos que desmistificar o discurso de que o crescimento econômico nos últimos 13 anos foi baseado apenas no consumo. O investimento cresceu mais que o consumo por conta da ação das estatais como a Petrobras e da União, estados e municípios e dos financiamentos dos bancos públicos, como o BNDES”, afirmou.
Especificamente sobre a Petrobras, o ex-presidente da companhia nos governos de Lula e Dilma, José Sérgio Gabrielli, lembrou a importância que a empresa teve nos governos do PT e os ataques que atualmente sofre com a política de desnacionalização do governo golpista de Temer.
A Petrobras, com apoio do BNDES, era uma âncora no processo de desenvolvimento da cadeia produtiva do setor de óleo e gás, que chegou a gerar um milhão de postos de trabalho anualmente com investimentos da ordem de US$ 40 bilhões. Hoje, esta ação está sendo desmontada com a retirada da política de conteúdo nacional, a saída da Petrobras do setor de gás – com a venda do controle de gasodutos – e o abandono da política de refino no Brasil”, disse.
Já o professor de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp), Fernando Sarti, alertou que o discurso de abertura indiscriminada do Brasil à participação do capital estrangeiro pode fragilizar ainda mais a indústria nacional.
A compra acelerada de indústrias brasileiras por estrangeiras aponta que estamos em um processo de desnacionalização da nossa indústria. E sem indústria forte não há desenvolvimento, soberania e inclusão social”, ressaltou.

Cenário Internacional e macroeconomia para o desenvolvimento

Na parte da tarde, as discussões foram em torno da macroeconomia para o desenvolvimento e a influência do cenário internacional na área.
Na análise da professora da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP), Laura Carvalho, entre 2005 e 2010, o Brasil teve três pilares de crescimento no modelo de macroeconomia, ajudado pelo cenário de fora: o investimento em infraestrutura e investimentos públicos, o acesso ao crédito e a distribuição de renda enquanto motor do mercado interno.
O acesso ao crédito acompanhou a trajetória de crescimento e ajudou a massificar o consumo, ajudando a sair da crise em 2008. Mas isso só funciona quando há outros pilares juntos. E a distribuição de renda como motor do mercado interno tem tudo a ver com o tipo de país que a gente tem. Lula costuma repetir isso, e de fato parece ter sido um motor muito importante, não apenas pra redução da pobreza e inclusão no mercado de consumo, mas para o desenvolvimento econômico”, salientou.
Para a professora, mesmo esses três pilares funcionando e tendo sido impulsionados pelo cenário externo, o modelo tem seus limites e não necessariamente pode ser replicado em cenário futuro.
A Petrobras, com apoio do BNDES, era uma âncora no processo de desenvolvimento da cadeia produtiva do setor de óleo e gás, que chegou a gerar um milhão de postos de trabalho anualmente com investimentos da ordem de US$ 40 bilhões. Hoje, esta ação está sendo desmontada com a retirada da política de conteúdo nacional, a saída da Petrobras do setor de gás – com a venda do controle de gasodutos – e o abandono da política de refino no Brasil”, disse.
Já o professor de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp), Fernando Sarti, alertou que o discurso de abertura indiscriminada do Brasil à participação do capital estrangeiro pode fragilizar ainda mais a indústria nacional.
A compra acelerada de indústrias brasileiras por estrangeiras aponta que estamos em um processo de desnacionalização da nossa indústria. E sem indústria forte não há desenvolvimento, soberania e inclusão social”, ressaltou.

Cenário Internacional e macroeconomia para o desenvolvimento

Na parte da tarde, as discussões foram em torno da macroeconomia para o desenvolvimento e a influência do cenário internacional na área.
Na análise da professora da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP), Laura Carvalho, entre 2005 e 2010, o Brasil teve três pilares de crescimento no modelo de macroeconomia, ajudado pelo cenário de fora: o investimento em infraestrutura e investimentos públicos, o acesso ao crédito e a distribuição de renda enquanto motor do mercado interno.
O acesso ao crédito acompanhou a trajetória de crescimento e ajudou a massificar o consumo, ajudando a sair da crise em 2008. Mas isso só funciona quando há outros pilares juntos. E a distribuição de renda como motor do mercado interno tem tudo a ver com o tipo de país que a gente tem. Lula costuma repetir isso, e de fato parece ter sido um motor muito importante, não apenas pra redução da pobreza e inclusão no mercado de consumo, mas para o desenvolvimento econômico”, salientou.
Para a professora, mesmo esses três pilares funcionando e tendo sido impulsionados pelo cenário externo, o modelo tem seus limites e não necessariamente pode ser replicado em cenário futuro.

Leia na íntegra: PT apresenta soluções à retomada do crescimento

Em Curitiba mais categorias aderem a greve geral dia 28


ADESÃO À GREVE GERAL DE SEXTA-FEIRA CRESCE! VEJA QUEM MAIS VAI CRUZAR OS BRAÇOS


Mais categorias confirmaram nesta terça-feira (25) que vão aderir à greve geral marcada para a próxima sexta-feira (28), em Curitiba. Servidores municipais, incluindo guardas municipais, e professores de escolas particulares e municipais, além dos que atuam em universidades públicas, vão reforçar a mobilização na capital. Na segunda-feira, professores da rede estadual de ensino, bancários, policiais civis e metalúrgicos já haviam decidido pela participação no movimento. Os docentes que vão aderir ao movimento são da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e Universidade Federal do Paraná (UFPR).


“Nós estamos sofrendo consequências como todas as outras categorias. Com a reforma da Previdência, nossa pretensão de, por exemplo, conseguir aposentadoria especial, fica prejudicada”, justificou Rejane Soldani Sobreiro, uma das diretoras do sindicato que representa os guardas municipais na cidade. Segundo ela, a categoria está se organizando para manter o mínimo de 30% de trabalhadores nas ruas.


A adesão dos guardas à paralisação nacional foi definida em assembleia na noite desta segunda-feira (24). A reunião foi conjunta com professores da rede municipal de ensino e com os demais servidores municipais. Todos decidiram por cruzar os braços no dia 28.

O sindicato dos trabalhadores em coleta de lixo, conservação e limpeza pública (Siemaco) define ainda na manhã desta terça-feira (25) se também vai fazer um dia de paralisação.



Desta vez, entram na pauta dos trabalhadores discussões sobre a lei da terceirização, sancionada com vetos pelo presidente Michel Temer (PMDB) no fim de março, bem como protestos contra as reformas trabalhista e da Previdência, que tramitam no Congresso.

Em discurso, Lula manda recados ...

Em discurso, Lula manda recados para Lava Jato, FMI, imprensa, Temer e petistas

Gustavo Maia Do UOL, em Brasília 25/04/2017
Em quase 40 minutos de discurso em seminário promovido pelo PT sobre a economia brasileira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva distribuiu recados aos adversários políticos, aos correligionários, aos integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato, ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e à imprensa. 

Falou também aos eleitores, dando corpo ao discurso que pretende adotar caso concorra novamente à Presidência da República nas eleições do ano que vem. 

Durante o evento, batizado de "Estratégias para a economia brasileira: desenvolvimento, soberania, inclusão", Lula foi celebrado e defendido pelas lideranças petistas que o acompanharam no seminário. Entre elas estavam o presidente do partido, Rui Falcão, e a senadora Gleisi Hoffmann (PR), líder do PT no Senado e favorita a suceder Falcão na liderança da sigla.


Lava Jato
"A hora que for marcado o meu depoimento, eu estarei em Curitiba ou onde quer que seja, porque dentre todos, do Ministério Público, do Poder Judiciário e da imprensa, quem deseja a verdade só é o companheiro Lula. Vai ser a primeira grande oportunidade em que eu não vou ser atacado e defendido pelas revistas, pelas televisões, pelos rádios, ou por quem quer que seja. Eu vou ter, de viva voz, o direito de me defender. É o direito que eu tenho de falar, porque faz três anos que eu estou ouvindo. Eu estou muito tranquilo, não estou preocupado com a data. A data quem marca é o juiz [Sérgio] Moro

Eu vi agora a pressão que fizeram em cima do Léo [Pinheiro, ex-presidente da OAS] lá no depoimento, uma coisa quase que obrigando um cara que já está condenado a 26 anos de cadeia... O cara está lá condenado a 26 anos. Fala: vou falar até da minha mãe. Nós temos que ter claro como as coisas acontecem.. Eu acho que está chegando a hora de parar com falatório e mostrar prova. Tem que aparecer em cima do papel. Eu quero que eles mostrem um real numa conta minha mãe. Nós temos que ter claro como as coisas acontecem.. Eu acho que está chegando a hora de parar com falatório e mostrar prova. Tem que aparecer em cima do papel. Eu quero que eles mostrem um real numa conta minha fora desse.

Instituições 
"Para a gente voltar a funcionar, nós precisamos ter um Poder Executivo que seja Executivo e que governe o país pensando no povo. Nós temos que tem um Legislativo que volte a legislar. Nós temos que ter uma Suprema Corte que garanta a nossa Constituição para que as coisas sejam respeitadas. Nós temos uma Polícia Federal, que é para investigar e abrir inquérito. Nós temos um Ministério Público, que é para investigar quando o inquérito estiver pronto. E nós temos o Poder Judiciário, que é para julgar. O que acontece agora é que está tudo uma mistureba. Ninguém sabe quem faz o quê. E tem a imprensa coordenando o processo. É a imprensa que diz quem é bandido, quem vai ser culpado, quem é a lista, quem não é a lista."

Auditoria na Petrobrás negam que Lula participou de qualquer ilegalidade e corrupção

Em um comunicado ao juiz Sergio Moro nesta segunda-feira 24, auditores da Pricewaterhouse Coopers, maior empresa de auditoria do mundo, que atuaram de forma independente na Petrobras de 2012 a 2106, informaram que não foi identificada a participação do ex-presidente Lula em nenhum ato de corrupção ou ilícito.
O comunicado foi uma resposta a um questionamento do magistrado sobre se a empresa teria identificado a participação do ex-presidente em algum ato de corrupção na estatal neste período, durante a realização de auditoria.
“No período em que atuamos como auditores independentes da Companhia (exercícios sociais de 2012 a 2016), não foram identificados e nem trazidos ao nosso conhecimento atos de corrupção ou atos ilícitos com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, diz o comunicado.


segunda-feira, 24 de abril de 2017

Quem ganha com a terceirização e o fim da previdência pública?

Beatriz Cerqueira: “Precisamos sair de nossas bolhas de WhatsApp e Facebook e conversar com quem pensa diferente e só se informa pela Globo”


Crédito da foto: Lydiane Ponciano
“É preciso travar a luta de classes”, diz presidenta da CUT Minas
No centenário da primeira greve geral do país, trabalhadores vão às ruas contra o golpe e a retirada de direitos
No centenário da primeira greve geral do país, trabalhadoras/es organizam novas grandes mobilizações contra o golpe e o programa antipopular do governo não eleito de Temer (PMDB).
De costas para o povo, os golpistas atuam sistematicamente para destruir os direitos conquistados no último século, colocando o Estado a serviço dos grandes empresários e do sistema financeiro.
Para barrar esse retrocesso, é fundamental dialogar com a imensa maioria da população, politizar as discussões sobre o que está acontecendo no país e pressionar os parlamentares junto a suas bases eleitorais.
Esse é o ponto de vista da educadora Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT Minas e coordenadora geral do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais.
(…)
A greve geral convocada para o dia 28 de abril ocorre no momento em que se comemora o centenário da primeira greve geral do país. Qual o significado dessa nova greve no Brasil de hoje?
O momento que o Brasil vive hoje é gravíssimo. Estamos diante da tentativa de imposição de um novo modelo de Estado Brasileiro por um governo e um Congresso Nacional que não têm legitimidade para isso.
Este governo, com este programa, não foi eleito nas urnas. Este Congresso não foi eleito para ser uma Constituinte e fazer a revisão da Constituição de 1988, como iniciou em 2016 com a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241.
Querem um Estado menor, onde não caiba mais educação, saúde, previdência, segurança pública, geração de empregos e combate à desigualdade social e pobreza como políticas públicas para a maioria da população.
Querem um Estado que atenda ao sistema financeiro internacional.
Por isso, o pagamento da dívida pública e seus juros foi o único ponto que não foi congelado por 20 anos.
Querem vender todo o patrimônio do país e privatizar os serviços públicos. Por isso, sofremos o golpe parlamentar em 2016.
Como está a mobilização das categorias no Brasil e em Minas Gerais para a greve do dia 28?
A classe trabalhadora corre o risco de voltar à era pré-Vargas, com as políticas que tentam aprovar no Congresso Nacional.
A reforma trabalhista é mais do que rasgar a CLT, é dar garantias jurídicas a um processo de precarização do trabalho como não vivemos na história da República.
Ao mesmo tempo, a reforma trabalhista ataca a CLT, a Justiça do Trabalho, o direito à organização sindical, desrespeita Convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT). E, se aprovada, não trará mais empregos, como alegam deus defensores.
A indústria brasileira está sendo destruída. As categorias com campanhas salariais tiveram piores resultados da década.
A greve se faz urgente e necessária para fazer a luta de massas e frear esta onda conservadora. Mas uma greve, para além do dia em si, envolve um processo de mobilização, debate nas categorias, politização da luta a partir de uma pauta concreta.
O dia 28 será um divisor na luta sindical. As direções de sindicatos que continuarem ignorando a conjuntura nacional de ataques que estamos sofrendo serão duramente cobradas pelas bases de suas categorias.
Não é possível mais fazer apenas a luta de categoria. Quem fizer isso estará derrotado, sua pauta não avançará porque há uma luta que precisa ser travada antes, que é a luta de classes.
Teremos uma forte greve em Minas Gerais com o envolvimento de muita gente. Todo mundo é protagonista desta luta!
Nas últimas mobilizações contra as reformas de Temer, a Justiça do Trabalho puniu alguns sindicatos com multas. Foi o que ocorreu, por exemplo, no dia 15 de março com os metroviários de Minas e de São Paulo. Essas ações são uma tentativa de criminalizar e intimidar o movimento sindical?
A criminalização das lutas sociais faz parte do capitalismo e é essencial para a sobrevivência de um governo sem votos. Mas, na CUT Minas, já decidimos que essas multas não são da categoria e não serão responsabilidade apenas do sindicato. Foram multas por luta de classe.
Então, devem ser assumidas por todos nós. A CUT iniciará uma campanha de arrecadação de recursos para o pagamento das multas já existentes e para aqueles que ainda virão.
No dia 31 de março, durante a realização de grandes protestos por todo o país, Temer sancionou a lei da terceirização, um dos maiores ataques aos direitos dos trabalhadores brasileiros desde a criação da CLT, em 1943.
O que mais é preciso fazer para enfrentar esse governo que atua de costas para o povo, mostrando-se completamente fechado às reivindicações dos trabalhadores? Como converter as lutas dos trabalhadores em conquistas efetivas?
A primeira tarefa é sairmos das nossas bolhas, dos nossos grupos de Watshapp e de Facebook. Conversar com quem pensa diferente da gente e só tem a Rede Globo como referência de informação.
É preciso politizar a luta. O que eles estão tentando fazer é exatamente o contrário. Criminalizam a política e as pautas progressistas para afastar o povo. A negação da política é fundamental para governos autoritários.
Também é preciso entendermos que o ciclo “todos ganham” da última década no Brasil, com o neodesenvolvimentismo, acabou.
O trabalhador via o salário mínimo ser valorizado como nunca antes e os banqueiros lucraram como nunca tinham lucrado antes. Esse momento se encerrou.
Agora, diante de uma crise mundial, o capital não vai querer dividir o seu lucro com trabalhador. Não se trata mais de avançar em conquistas, mas impedir retrocessos. As reformas da previdência e trabalhista precisam ser derrotadas.
Além do diálogo com o povo, outra ferramenta eficaz é mexer com a base do deputado federal, contar para quem votou nele o que ele anda fazendo em Brasília e como isso vai afetar as pessoas.
Envolver Câmaras municipais e prefeitos nessa briga também. Todo vereador e todo prefeito é vinculado a um deputado. Portanto, também é responsável politicamente pela retirada de direitos.
Quem ganha com a terceirização e o desmonte da Previdência?
O sistema financeiro e os grandes empresários.
Na prática, a terceirização significa: salários menores, trabalhadores terceirizados recebendo cerca de 24% a menos com jornada semanal de 3 horas a mais; maior rotatividade, aumento dos acidentes de trabalho e doenças laborais; substituição de concursos públicos por empresas ou cooperativas acabando com políticas de planos de carreira, negociações e pisos salariais.
A terceirização irrestrita foi aprovada por uma manobra do governo e Câmara para dar segurança jurídica aos empresários que já desrespeitam direitos básicos dos trabalhadores poderem continuar e aumentar essa prática com a garantia de lei.
Não vai gerar mais empregos, vai acabar com empregos diretos e viveremos um fenômeno da “pejotização”, com trabalhadores sendo demitidos e obrigados a criarem pessoas jurídicas para prestarem serviços que antes eram prestados por eles mesmos diretamente à empresa. Mas, agora, sem a proteção da legislação trabalhista, sem Previdência ou FGTS.
Ao sistema financeiro, é essencial que o Estado brasileiro pare de fazer investimentos sociais para, de um lado, garantir a transferência dos recursos do orçamento para o pagamento da dívida pública e seus juros; e, de outro, oferecer como mercadoria aquilo que havíamos conquistado como direitos, criando planos de saúde; planos privados de previdência; escolas e universidades privadas.

Sem ver irregularidades na Bancoop, juíza absolve Vaccari e mais quatro réus

O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto foi absolvido nesta quarta-feira (9/11) em ação penal que apontava desvios na Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) quando ele presidiu a entidade. A sentença foi publicada seis anos depois da denúncia, feita em outubro de 2010, e também considerou improcedentes as acusações contra outras quatro pessoas. Vaccari continua réu em outra ação penal sobre o mesmo caso (leia mais abaixo).
Segundo o Ministério Público de São Paulo, antigos representantes da Bancoop “atraíram” e “ludibriaram” 1.126 interessados em comprar unidades habitacionais da cooperativa. Depois de quitado os imóveis, eles passariam a cobrar mais dinheiro como condição para fornecer as escrituras.
Ex-presidente da Bancoop, João Vaccari  ainda responde a outra ação penal em São Paulo e é investigado na "lava jato".
Reprodução
A denúncia dizia que a Bancoop teve R$ 68 milhões desviados, ocultados por meio de diversas movimentações financeiras que impediriam a identificação da origem, entre 1999 e 2009 —período no qual Vaccari foi diretor e presidente da entidade.
De acordo com a juíza Cristina Ribeiro Balbone Costa, da 5ª Vara Criminal de São Paulo, não há nenhuma comprovação da acusação do MP-SP, mas apenas “números aleatórios” que são diferentes na denúncia original, nos aditamentos e nas alegações finais. 
“É certo que juntos conduziram a cooperativa, fizeram empréstimos, contrataram auditoria, descontinuaram obras, celebraram importante acordo com a Promotoria do Consumidor e até mesmo, ao que consta, diversos acordos com cooperados, para devolução das quantias pagas.”
Para ela, porém, “não foi possível concluir houvessem juntos concorrido para a prática de crimes de estelionato e ante a míngua de demonstração da coautoria imputada quanto à prática dos crimes de estelionato, tampouco é possível admitir-se que estivessem eles associados entre si e com terceiras pessoas para praticar crimes, de forma a autorizar o reconhecimento da quadrilha”.
A juíza só viu indícios concretos de desvios em cheques sacados por ex-dirigentes da Bancoop que já morreram. Embora reconheça que Vaccari deveria ter divulgado a desorganização financeira da cooperativa quando assumiu a presidência, não viu comprovação de que ele sabia dos desvios ou tenha prestado contas fraudulentas.

Com a reforma trabalhista, dê adeus aos seus direitos!


Reforma trabalhista vem para acabar com tudo aquilo conquistado com muito sangue, suor e lágrimas pelos(as) trabalhadores(as) do Brasil


Em um primeiro momento, a não aprovação do regime de urgência na tramitação da reforma trabalhista, na terça-feira (18), na Câmara Federal, representou uma derrota para o governo federal. Mas nem de longe afastou o risco que os(as) trabalhadores(as) correm se houver a aprovação do projeto de lei PL 6.787/2016. Dito e feito: no dia seguinte, sob a batuta do presidente Rodrigo Maia, o regimento interno da Casa foi atropelado e o regime de urgência para a Reforma Trabalhista aprovado. Por si só, o PL 6.787 já representava um ataque sem precedentes aos direitos trabalhistas. Para piorar, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), apresentou parecer, na forma de substitutivo, à proposta do governo, no dia 12 de abril. E o que já era ruim, ficou muito pior. A proposta que é defendida pelo governo federal, assim como a reforma da previdência, pretende garantir “segurança jurídica” e a “melhoria do ambiente de negócios” para as empresas.

Para a direção da APP-Sindicato, é essencial que comunidade conheça os graves riscos que esta proposta representa. “Há um ano sob a presidência de Michel Temer (PMDB) o país testemunha que a crise só piorou. Apesar disso, o presidente afirma que os parlamentares que hoje estão no Congresso Nacional, e que foram eleitos pelo voto popular, poderão votar as reformas – na verdade retirada de direitos – em tramitação na Casa Legislativa. A democracia no Brasil foi sequestrada pelo poder econômico, portanto este Congresso não tem legitimidade para votar mudanças importantes. Especialmente sem discuti-las amplamente com a população”, afirmou o presidente da APP, professor Hermes Silva Leão.

Veja, abaixo, como Temer e seus aliados querem passar por cima das leis trabalhistas (CLT) e tirar todos os direitos da classe trabalhadora. A aprovação da Terceirização, juntamente com a reforma trabalhista e da previdência que querem impor, são verdadeiros massacres contra o povo brasileiro. Não podemos permitir que estes projetos avancem!
Como é hoje Como ficará se aprovada a reforma
Tempo de repouso e alimentação de, no mínimo, uma (1) hora. Tempo repouso e alimentação de 30 minutos.
Salário menor que o mínimo apenas para quem trabalha até 25 horas por semana. Salário inferior ao mínimo para quem trabalha até 30 horas por semana.
Férias anuais em um só período de 30 dias. Férias anuais dividida em três períodos.
Trabalhador recebe salário pelas horas que passa em deslocamento para a empresa quando esta fica em local de difícil acesso. Permite o fim do pagamento das horas gastas no transporte até a empresa.
Jornada de trabalho limitada a 8 horas/dia, 44 horas/semana e 220 horas/mês. Jornada de trabalho sem limite.
Regras do trabalho remoto igual ao realizado na empresa: salário, jornada, descanso etc. Possibilita o trabalho remoto sem garantias.
Empresas com mais de 10 trabalhadores devem garantir o registro de ponto (para Fiscalização do Trabalho). Possibilita o fim do registro de ponto. Empresa alega o que quiser.
A anulação de cláusulas de negociações coletivas não pode prejudicar os trabalhadores pelas situações passadas. Aquilo que for negociado pelos trabalhadores com as empresas, prevaleça sobre o legislado (isto é, negociação se sobrepõe a lei).
Banco de horas de máximo 1 ano, com repeito aos limites de jornada (8h/dia e 44h/semana). Banco de horas pode durar indefinidamente e sem respeitar qualquer limite de jornada.

Ler na íntegra: Reforma trabalhista, dê adeus aos seus direitos!

Juiz Moro disse que depoimento de Léo Pinheiro pode ser falso

Em resposta a uma indagação do advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, antes do início do depoimento do ex-executivo da OAS na semana passada, o juiz Sergio Moro afirmou que o depoimento de Léo Pinheiro à Justiça pode ter sido feito em meio a uma negociação do réu com o Ministério Público Federal para a obtenção de um acordo de delação premiada, e que pode conter inverdades, mas que o depoente tem direito de dizê-las; 'Ele tem direito a dar suas versões dos fatos, quer sejam verdadeiras, quer não sejam verdadeiras', disse o magistrado, segundo o advogado; Cristiano Zanin Martins solicitou à Procuradoria Geral da República uma investigação sobre o depoimento de Léo Pinheiro a Sergio Moro, uma vez que seu conteúdo foi divulgado antes pela imprensa

Leia na íntegra:
http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/286917/Carne-Fraca-Fiscais-ganhavam-peru-de-Natal-da-BRF.htm

domingo, 23 de abril de 2017

Do que mesmo é acusado Lula?

Primeiro se estipulou que Luiz Inácio Lula da Silva seria "culpado". Agora procura-desesperadamente por um "crime" para o ex-presidente da República.
Tal qual um processo kafkiano, a Lava Jato é recheada de "surrealismos" onde, por exemplo, só valem as delações premiadas que incriminem Lula. O objetivo é manter a narrativa da força-tarefa, etc.
Portanto, às favas as provas!
Fundamental é o apoio popular (sic) para dar cabo à persecução penal.
Dane-se o princípio da legalidade!
Viva os vazamentos, a seletividade e a parcialidade do juiz Sérgio Moro!
Não há que afastar o abuso no "jus puniendi", isto é, no direito do Estado de punir, como recentemente atestou o jurista italiano Luigi Ferrajoli ao afirmar que "esse é um caso em que há um juiz que teme perder o jogo".
Mesmo que não haja provas, frise-se.
Não importa o que disseram 73 testemunhas, o que importa mesmo é condenar Lula para deixá-lo inelegível para 2018.
A prisão do ex-presidente até seria relegada para o segundo plano, desde que cumprido o objetivo político da Lava Jato de tirá-lo da disputa presidencial do ano que vem.
A força-tarefa da Lava Jato resgatou um velho mantra dos udenistas — que a história os qualificou como "falsos profetas" ou "falsos moralistas".
Em 1º de junho de 1950, Carlos Lacerda vaticinou nas páginas do jornal Tribuna da Imprensa: "O senhor Getúlio Vargas, senador, não deve ser candidato à Presidência. Candidato, não deve ser eleito. Eleito, não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar."
Não se trata de mera coincidência histórica, caro leitor. A burguesia nacional apenas segue sua tradição golpista. Nada mais. Porém, alertava Karl Marx, em 18 Brumário, "a história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa".
Dito isto, os "coxinhas" nem sabem mais de que Lula é acusado tal a profusão de crimes atribuídos a ele — "sapo barbudo" — antes mesmo que fosse investigado formalmente. Está aí a velha mídia golpista para confirmar o alvo previamente selecionado pelo "sistema".
Feita a escolha do alvo, em conluio, mídia e parte do judiciário, em tempo recorde, imputaram a Lula e seus famílias desde a compra de um "pedalinho" até o "tráfico de influência internacional".
Abaixo, leia os crimes atribuídos a Lula — em tempo recorde — para tirá-lo da corrida presidencial:
* Obstrução da Justiça (Lava Jato) naquele episódio da nomeação para a Casa Civil (note que Moreira Franco, o Angorá, pôde — inclusive com a anuência do STF);
* Tríplex no Guarujá (embora a Justiça de São Paulo já tenha arquivado aquilo que ela considerou "fofoca" — sem provas);
* Tráfico de influência internacional — criminalização da posição pró-ativa das multinacionais brasileiras, estimuladas pelo BNDES;
* Tráfico de influência (Operação Zelotes) — originalmente, a denúncia era acerca da sonegação de impostos pela Globo;
* Corrupção e lavagem de dinheiro (Lava Jato) — compra de terreno para o Instituto Lula que não existiu.

Ler na íntegra em:
Lula é acusado de ? Não, Lula é inocente e procuram desesperadamente uma prova contra ele

sábado, 22 de abril de 2017

Trabalhadores só vão perceber que algo os atingiu quando for tarde demais

Quando eu entrava em disputas de Banco Imobiliário e War (aviso aos jovens:  jogos de tabuleiro), decidíamos mudar as regras para fazer com o que elas andassem mais rápido. Quem já passou horas em intermináveis contendas com dados……..

Depois, a gente cresce e percebe que há quem tente o mesmo na vida real. Por exemplo, defenestrar parte da legislação que regula o mercado de trabalho no meio do jogo é uma opção defendida para acelerar o crescimento econômico……...

Informatizar, desburocratizar, reunir impostos e tornar mais eficiente a relação de compra e venda da força de trabalho é possível e desejável e certamente irá gerar boa economia de recursos para empresários e de tempo para trabal………...

O problema é que por trás do discurso do “vamos avançar” presente entre os defensores desta Reforma Trabalhista está também o desejo de tirar do Estado o papel de mediador da relação entre patrões e empregados, deixando-os organizando suas próprias regras. Quando um sindicato é forte e seus diretores não jogam golfe com os diretores das empresas, nem recebem deles mimos, ótimo, a briga é boa e é possível obter mais direitos do que aquele piso da lei. Mas, e quando não, faz-se o quê? Rezamos?

Quando alguém promete uma reforma trabalhista sem tirar direitos dos trabalhadores irá provavelmente:
a) mudar a CLT e acrescentar direitos aos trabalhadores e tirar dos empresários (posso contar também a do papagaio que passava trote ao telefone);
b) desenvolver um novo conceito do que seja um direito trabalhista (situação em que o pintor surrealista René Magritte diria: “isto não é um cachimbo”);
c) diminuir a arrecadação do Estado junto às empresas e manter os direitos dos trabalhadores (esperando que o país quebre em 3, 2, 1…);
d) vai operar um milagre mais espantoso do que aquele de multiplicar pães e peixes para uma multidão faminta realizado pelo grande sábio barbudo (neste caso, Jesus, não Marx).

A sociedade mudou, a estrutura do mercado de trabalho mudou, a expectativa de vida mudou. Portanto, as regras que regem as relações trabalhistas e a Previdência Social podem e devem passar por discussões de tempos em tempos.

Ou seja, caso se encontrem pontos de convergência que não depreciem a vida dos trabalhadores e não mudem as principais regras do jogo no meio de uma partida sem a concordância de todos, as relações trabalhistas podem passar também.

Essa discussão não pode ser conduzida de forma autoritária ou em um curto espaço de tempo. Pois essas decisões não devem servir para salvar o caixa público, o pescoço de um governo e o rendimento das classes mais abastadas.

Por exemplo, falar em imposição de 25 anos de contribuição para assalariados urbanos e rurais e 15 anos de contribuição para trabalhadores rurais da economia familiar, como pequenos produtores e pescadores, sem considerar que os m.ais pobres começam a trabalhar mais cedo, é desconhecer a realidade – para ser polido. Em lugares em que estatísticas de mortalidade apontam para uma sobrevida menor após os 60 anos que a média do país, como o interior Maranhão, os aposentados não têm o mesmo tempo para usufruir de suas pensões que em lugares onde a segurança social é maior.

O Congresso já aprovou a terceirização de todas as atividades de uma empresa – e não apenas serviços secundários, como é hoje. É claro que a relação entre prestadoras de serviço e empresas-mãe precisam de regras melhores no Brasil, porque muita gente fica ao relento. Mas a aprovação da terceirização da atividade-fim do jeito que foi feita, dando a possibilidade de externalizar qualquer função de uma empresa, vai piorar a vida de muita gente e reduzir a arrecadação da própria Previdência. Armamos uma bomba-relógio e o próprio Ministério da Fazenda sabe disso.

Agora o governo quer aprovar a Reforma Trabalhista, permitindo que convenções e acordos coletivos de trabalho negociados entre patrões e empregados prevaleçam sobre a legislação trabalhista, mesmo que isso signifique perdas aos trabalhadores, será entregar o galinheiro à raposa. Jornadas de trabalho mais longas, que devem ter impacto na segurança e na saúde dos empregados e sem o devido pagamento de horas-extras, são esperadas após o Congresso passar a lei.

Antes de qualquer reforma, seria importante melhorar a regulação do mercado de trabalho (aliás, regulação é algo péssimo por aqui), desenvolver a qualificação profissional de forma a gerar empregos mais sólidos, melhorar o sistema de ingresso nesse mercado (o que inclui dar efetividade ao serviço nacional de intermediação de mão de obra, pois o que existe em boa parte do país é o bom e velho ''gato'' intermediando) e, é claro, a redução na jornada sem redução na jornada sem redução de salário – pleiteada pelos trabalhadores e empurrada há anos.

O cidadão deveria ter o direito de escolher um mandatário de acordo com a agenda que ele propõe para os direitos trabalhistas e previdenciários. Com um programa de governo debatido, votado e eleito. Mas, aí, desconfio que não aconteceriam reformas.

Parte dos jogadores está mudando as regras no meio do jogo, na surdina. Os demais só perceberão o golpe quando for tarde demais e eles tiverem sido excluídos do tabuleiro.

Do bllog do Leonardo Sakamoto
21/04/2017