sexta-feira, 21 de abril de 2017

Conheça um pouco do "sistema Drousys" usado pela Odebrecht para pagar propina


Os sistemas “Drousys e o MyWebDay “B”

A grosso modo, o sistema Drousys foi um sistema criado a partir de 2006 pelo departamento financeiro para ser usado para pagamento de propina, e os servidores deste sistema foram hospedados em Genebra na Suíça (a principio em Angola, pensaram em hospeda-lo no Panamá).

O MyWebDay “B” foi criado a partir de adaptações em um software usado pela área financeira da Odebrecht. A máquina que armazenava os relatórios gerados, com os gastos de cada executivo, obras relacionadas aos pagamentos, entre outras informações, foi levada para Angola para ficar em local seguro. O link de conexão, porém, fez a empresa repensar a estratégia.

Porque eles escolheram a Suíça ? 
A Suíça é considerada, por especialistas neste caso, como um dos países mais seguros do mundo, além de ter uma das melhores estruturas para data centers. As informações são do administrador Camilo Gornati em delação.

O sistema Drousys operou até meados de 2014, a partir desta data foi substituído por outro sistema, também hospedado na Suíça. Os dados do Drousys foram transferidos para este novo sistema, que funcionou até meados de 2016. Sendo este segundo sistema desativado pelo MP da Suíça.

Além da facilidade de transferência dos valores, o sistema também disponibilizava um e-mail interno para comunicação entre o setor de propinas da Odebrecht e os propinados.

A cada solicitação de pagamento, era seguido um protocolo rígido da operação. Criava-se um apelido (login) para encobrir a identidade do destinatário, assim, os usuários do sistema não identificariam uns aos outros.

O Ministério Público da Suíça entregou a Lava Jato  o backup do Sistema Drousys, assim, a lava-jato tem como comprovar quem recebeu dinheiro de propina da Odebrecht.

Ainda não foi informado se foi entregue a Lava-jato os dados do sistema que substituiu o Drousys.


Quem davam os codinomes aos propinados, eram os operadores do departamento da área financeira da Odebrecht,  já de posse das listas, basta perguntar aos operadores e saberemos quem foram os beneficiários das transferências

Sendo claros evitaremos especulações na grande mídia e nas redes.


Partindodeste princípio, fica fácil saber quem recebeu propina da empresa, ou não?