terça-feira, 25 de abril de 2017

Em seminário, PT apresenta soluções à retomada do crescimento

Promovido pela FPA e bancadas do PT na Câmara e no Senado, evento reuniu especialistas para propor alternativa à política recessiva do golpista Temer

Com o objetivo de apresentar propostas para o desenvolvimento, a soberania e a inclusão social no País, as bancadas do PT na Câmara e no Senado, em parceria com a Fundação Perseu Abramo (FPA), realizaram o seminário “Estratégias para a Economia Brasileira” na segunda-feira (24) em Brasília.
Na mesa de abertura, os líderes das bancadas na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), e no Senado, senadora Gleisi Hoffman (PR), destacaram que, além de propor uma alternativa econômica à política recessiva implementada pelo usurpador Michel Temer, o evento também visou propor soluções para a retomada do crescimento econômico com distribuição de renda.
Não podemos deixar prosperar a visão de que o ajuste fiscal resolve os problemas do País. Não achamos possível desenvolver um País com mais de 200 milhões de pessoas aceitando essa visão tacanha”, destacou Zarattini.
Já a líder Gleisi disse que após 13 anos de governo, o Partido dos Trabalhadores possui experiência para propor soluções ao Brasil.
Esse é o começo da nossa caminhada para construirmos uma estratégia de desenvolvimento inclusivo e soberano, a exemplo do que já ocorreu nos últimos 13 anos de governo de Lula e Dilma, e que mudou a vida dos brasileiros. Temos condições de avançarmos ainda mais”, ressaltou.

Instrumentos de desenvolvimento para a indústria brasileira

Na primeira mesa de debates, especialistas da área econômica discutiram os instrumentos de desenvolvimento para a indústria brasileira.
Para a professora do Instituto de Economia da Universidade Federal de Uberlândia, Vanessa Petrelli, a participação do Estado é fundamental para o setor.
Temos que desmistificar o discurso de que o crescimento econômico nos últimos 13 anos foi baseado apenas no consumo. O investimento cresceu mais que o consumo por conta da ação das estatais como a Petrobras e da União, estados e municípios e dos financiamentos dos bancos públicos, como o BNDES”, afirmou.
Especificamente sobre a Petrobras, o ex-presidente da companhia nos governos de Lula e Dilma, José Sérgio Gabrielli, lembrou a importância que a empresa teve nos governos do PT e os ataques que atualmente sofre com a política de desnacionalização do governo golpista de Temer.
A Petrobras, com apoio do BNDES, era uma âncora no processo de desenvolvimento da cadeia produtiva do setor de óleo e gás, que chegou a gerar um milhão de postos de trabalho anualmente com investimentos da ordem de US$ 40 bilhões. Hoje, esta ação está sendo desmontada com a retirada da política de conteúdo nacional, a saída da Petrobras do setor de gás – com a venda do controle de gasodutos – e o abandono da política de refino no Brasil”, disse.
Já o professor de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp), Fernando Sarti, alertou que o discurso de abertura indiscriminada do Brasil à participação do capital estrangeiro pode fragilizar ainda mais a indústria nacional.
A compra acelerada de indústrias brasileiras por estrangeiras aponta que estamos em um processo de desnacionalização da nossa indústria. E sem indústria forte não há desenvolvimento, soberania e inclusão social”, ressaltou.

Cenário Internacional e macroeconomia para o desenvolvimento

Na parte da tarde, as discussões foram em torno da macroeconomia para o desenvolvimento e a influência do cenário internacional na área.
Na análise da professora da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP), Laura Carvalho, entre 2005 e 2010, o Brasil teve três pilares de crescimento no modelo de macroeconomia, ajudado pelo cenário de fora: o investimento em infraestrutura e investimentos públicos, o acesso ao crédito e a distribuição de renda enquanto motor do mercado interno.
O acesso ao crédito acompanhou a trajetória de crescimento e ajudou a massificar o consumo, ajudando a sair da crise em 2008. Mas isso só funciona quando há outros pilares juntos. E a distribuição de renda como motor do mercado interno tem tudo a ver com o tipo de país que a gente tem. Lula costuma repetir isso, e de fato parece ter sido um motor muito importante, não apenas pra redução da pobreza e inclusão no mercado de consumo, mas para o desenvolvimento econômico”, salientou.
Para a professora, mesmo esses três pilares funcionando e tendo sido impulsionados pelo cenário externo, o modelo tem seus limites e não necessariamente pode ser replicado em cenário futuro.
A Petrobras, com apoio do BNDES, era uma âncora no processo de desenvolvimento da cadeia produtiva do setor de óleo e gás, que chegou a gerar um milhão de postos de trabalho anualmente com investimentos da ordem de US$ 40 bilhões. Hoje, esta ação está sendo desmontada com a retirada da política de conteúdo nacional, a saída da Petrobras do setor de gás – com a venda do controle de gasodutos – e o abandono da política de refino no Brasil”, disse.
Já o professor de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp), Fernando Sarti, alertou que o discurso de abertura indiscriminada do Brasil à participação do capital estrangeiro pode fragilizar ainda mais a indústria nacional.
A compra acelerada de indústrias brasileiras por estrangeiras aponta que estamos em um processo de desnacionalização da nossa indústria. E sem indústria forte não há desenvolvimento, soberania e inclusão social”, ressaltou.

Cenário Internacional e macroeconomia para o desenvolvimento

Na parte da tarde, as discussões foram em torno da macroeconomia para o desenvolvimento e a influência do cenário internacional na área.
Na análise da professora da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP), Laura Carvalho, entre 2005 e 2010, o Brasil teve três pilares de crescimento no modelo de macroeconomia, ajudado pelo cenário de fora: o investimento em infraestrutura e investimentos públicos, o acesso ao crédito e a distribuição de renda enquanto motor do mercado interno.
O acesso ao crédito acompanhou a trajetória de crescimento e ajudou a massificar o consumo, ajudando a sair da crise em 2008. Mas isso só funciona quando há outros pilares juntos. E a distribuição de renda como motor do mercado interno tem tudo a ver com o tipo de país que a gente tem. Lula costuma repetir isso, e de fato parece ter sido um motor muito importante, não apenas pra redução da pobreza e inclusão no mercado de consumo, mas para o desenvolvimento econômico”, salientou.
Para a professora, mesmo esses três pilares funcionando e tendo sido impulsionados pelo cenário externo, o modelo tem seus limites e não necessariamente pode ser replicado em cenário futuro.

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